Barcos de Pietro Gentili


"Navegando com Pietro Gentili"


Não escondo para ninguém minha paixão por Pietro e Ulderico Gentili.
Depois de restaurar três Igrejas pintadas por eles e ficar cara a cara dia após dia com as pinturas deles, sei cada traço, cada cor utilizada e cada gesto feito por um pincel muito bem colocado precisamente por eles.

Foi um privilégio restaurar mais uma tela do grande pintor Pietro Gentili.

Tela antes do restauro, oxidada e com craquelês

Tela após o restauro


Mais uma vez constatei sua grande maestria!





Restauração em bronze


"Após a colheita dos louros, a oliveira fica ainda mais bela"



Restaurar consiste em observar, conservar e recontar uma história de um tempo, de época e de uma obra de arte, seja em uma galeria, um museu ou em uma peça de família.



Detalhes das oxidações



Essa escultura centenária chegou até mim com as marcas de um tempo passado com alegrias e conquistas de uma família, faltando partes e com oxidações profundas. 
Após estudar bastante sua história e seus danos, o plano de conservação e restauro foi traçado.

Assim, surge uma nova história desta obra nessa família... Que dure por mais muitas e muitas gerações!



Obra restaurada





Vênus restaurada


Vênus foi uma das divindades mais veneradas entre os antigos, sobretudo na cidade de Pafos, onde o templo era admirável. Tinha um olhar vago e cultuava-se o zanago dos olhos como ideal da beleza feminina.

Possui muitas formas de representação artística, desde a clássica (greco-romana) até às modernas, passando pela renascentista. É de uma anatomia divinal, daí ser considerada pelos antigos gregos e romanos como a deusa do erotismo, da beleza e do amor.



Essa Vênus é uma representação da "Vênus Itálica" de Antonio Canova (1757 - 1822), muito bem esculpida em mármore, com a qual se percebe ocorreu um grave acidente.


Depois de restaurada esse foi o resultado. A deusa neoclássica recuperou sua majestosidade.










Viagem a Veneza



Depois de restaurar várias pinturas murais dos irmãos Gentili, chegou até as minhas mãos uma tela de 1929, pertencente a família do pintor Pietro Gentili, que chegou ao Brasil em 1927.  

Uma cena de Veneza muito bem pintada em sua perspectiva, cores e realismo.
Mergulhei na tela e já na limpeza fui sentindo em cada pincelada o estilo próprio do artista. 


Detalhe antes da limpeza
Detalhe antes da limpeza












   
Restauro pronto

Depois da limpeza, da fixação dos craquelês, algumas pequenas reintegrações cromáticas a tela ganhou vida novamente e as águas de Veneza continuam encantando os artistas e os amantes.





Buda em mármore




A restauração de peças em mármore requer um exercício de paciência e habilidade. Primeiramente deve se ter o maior número de peças quebradas possíveis. 


A limpeza sempre feita antes do restauro, para se ter a cor original do mármore. Depois de feita a fixação, o preenchimento deve ter a textura igual ao do mármore original. 




Na restauração quase não existe problema que não haja solução e depois de 21 anos de experiência e cursos, sinto-me cada dia mais motivada a receber desafios como foi esse Buda. Simplesmente adorei restaura-lo.







Apaixonados por madeiras




Novidades: Agora o ateliê tem parceria com especialistas em restauração de objetos e móveis em madeira. 
Para avaliações e orçamentos mande fotos e detalhes para marianagiurno@hotmail.com

Ficaremos felizes em atendê-los!

Abraços





Retratos



A palavra RETRATO é um termo vindo do Latim, 'retrahere'  que significa copiar. Na arte pictórica, tem seus primeiros exemplares no Egito Antigo, com a retratação dos faraós e membros das altas hierarquias sociais, assim como na China onde o retrato tinha a função de registro da dinastia e da corte. Na Grécia (período helenístico) os soberanos eram ilustrados em moedas. Na Roma antiga, com os moldes gregos, o retrato servia para cultuar os antepassados. A ideia de retrato como imagem fiel esteve presente em momentos históricos em que o naturalismo era a tendência estética. Durante a idade medieval o naturalismo foi interrompido, retornando no período Gótico, com seus representantes mais significativos, os pintores flamengos Rogier Van Der Weyden e o grande Mestre Jan Van Eyck.


Retrato de Giovanni Arnolfini e sua esposa.
                     Jan Van Eyck, 1434

Os retratos assumiram um papel de destaque na sociedade renascentista e eram valorizados como objetos e como representação do status e do sucesso econômico. Isso era devido ao interesse pelo mundo natural e pelas culturas da Grécia Antiga e Roma. A pintura em geral alcançou um novo nível de equilíbrio, harmonia e penetração, os grandes artistas: Leonardo, Michelangelo e Rafael eram considerados "gênios", elevando-se acima do nível dos artesãos sendo servidores valiosos da corte e da igreja.

Ter um retrato de família pintado por um artista é ter uma joia rara em casa. Uma arte que o tempo não apaga, eternizar pessoas queridas e desfrutar do prazer de olhá-las sempre. Essas pinturas trazem a memória e o afeto para os lares que a possuem.


Antes do restauro                                      Depois do restauro


Restaurei um retrato de família que me comoveu, além de ser uma verdadeira obra de arte, muito bem feita em técnica de pastel seco, era o retrato da avó da proprietária da obra com a mãe dela no colo. 
Muito frágil, o pastel seco sai com facilidade, com o passar de um dedo. Essa obra teve um incidente, que por falta de conhecimento ou inocência passaram um fixador sobre o pastel, fazendo aparecer diversas manchas escuras.
Foi um restauro delicado, de muita paciência, pouco a pouco mancha por mancha foi sendo retirada e a obra foi retomando sua aparência original.





Homenagem a Elis Regina


Limpeza de Tela de Elis Regina

Quem nunca se flagrou cantarolando uma canção de Elis na vida? Impossível! Pelo menos para quem tem, no mínimo, lá pelos seus 25 ou 30 anos de idade.



"Não quero lhe falar,
Meu grande amor,
Das coisas que aprendi
Nos discos...
Quero lhe contar como eu vivi
E tudo o que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar
Eu sei que o amor
É uma coisa boa
Mas também sei
Que qualquer canto
É menor do que a vida
De qualquer pessoa..."



Essa Tela de Elis Regina chegou até mim para uma restauração completa, como uma bela homenagem do proprietário para sua cantora favorita.
Foi feita a limpeza, a troca de chassis (o antigo estava cheio de cupins), os nivelamentos, reintegração cromática, verniz adequado com proteção UV e confecção de moldura nova.

Detalhe da diferença de limpeza

Foi um restauro muito gratificante de se fazer, ao som de muita Elis e de muita saudade também. Que bom que sempre existem as artes, música, pintura, vídeos e até mesmo a fotografia para recordarmos esses momentos que nos fizeram felizes.
                         


Restauro finalizado








Museu Felícia Leirner



Criado em 1978 na cidade de Campos do Jordão (SP), o Museu de Esculturas Felícia Leirner é uma das instituições museológicas do Governo do Estado administradas em convênio com a ACAM Portinari - Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari.

O espaço abriga em seus 35 mil m² de extensão 84 obras da artista - esculturas de bronze ou cimento branco -, que expressam claramente sua paixão pelas formas da natureza. 

Em meio à paisagem encantadora e atmosfera idílica, a grandiosidade da arte de Felícia gradualmente se revela, mágica e sutilmente, assumindo a forma de poesia visual. Visitar o museu e contemplar a magnífica obra nele contida representa um suave exercício de libertação criativa, em perfeita harmonia e integração com a natureza.

Em 1987, foi considerado um dos mais importantes do mundo pela Revista Sculpture, do International Scultpture Center de Washington.
A obra de Felícia Leirner alcançou o reconhecimento internacional, influenciou e expandiu os horizontes da escultura contemporânea brasileira. Hoje e sempre, uma das maiores e mais importantes expressões das artes plásticas em nosso país.







Localização e Expediente:

O Museu de Esculturas Felícia Leirner fica na estância climática de Campos do Jordão, no interior do Estado de São Paulo. Também conhecida como "Suiça brasileira", a cidade fica no maciço da Serra da Mantiqueira, uma das mais elevadas cadeias de montanhas do Brasil, a 173 km da capital.

O principal acesso ao município é pela rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro (SP-123), que começa nos arredores de Taubaté, a 45 km de Campos.

Em Campos do Jordão:

Av. Dr. Luís Arrobas Martins, 1880 - Alto da Boa Vista (Auditório Claudio Santoro)
12460-000  Campos do Jordão – SP

Como Chegar:

Passando por Vila Abernéssia, o centro comercial da cidade, vire à esquerda na rotatória das flores, próxima à Estação da Estrada de Ferro e ao Fórum. Siga a rua lateral ao Mercado Municipal, passando pelo Hospital Municipal. Após o Palácio Boa Vista, vire a segunda rua à direita. A entrada do Auditório Claudio Santoro fica do lado direito, a 500 metros.

Visitação pública:

De terça a domingo, das 9 às 18h.


http://www.museufelicialeirner.org.br/





Exposição Angelo Venosa




A Pinacoteca do Estado de São Paulo, instituição da Secretaria da Cultura, apresenta a exposição retrospectiva de Angelo Venosa (São Paulo, 1954). A exposição conta com 35 obras do artista que em seus mais de 30 anos de carreira, consolidou se no circuito nacional e internacional, incluindo passagens com passagens pelas bienais de Veneza (1993), São Paulo (1987) e do Mercosul (2005). 

A exposição apresentada resume o trajeto que se desenvolve desde os anos 1980 aos dias de hoje. Sem configurar-se como uma retrospectiva, nos moldes exaustivos tradicionais, a mostra parte de um repertório seleto de obras que expõem o percurso do método e suas questões fundamentais, com as formulações primordiais e os saltos poéticos operados ao longo do tempo. A exposição não se orienta pela cronologia dos trabalhos, ao contrário, mescla peças de diferentes datas e técnicas, procurando fomentar a compreensão de uma linguagem global, onde os processos e os conceitos se unem e se reclamam necessária e mutuamente, explica a curadora Ligia Canongia.

“Entre o expressionismo e a geometria, o artesanato e a máquina, entre razão e delírio, Angelo Venosa cria situações fronteiriças, que se alternam do fragmento ao todo, do linear ao informe, do lírico ao fantasmático. Obra singular no panorama mundial da escultura contemporânea, seu trabalho tem a capacidade paradoxal de mover-se no terreno da história, mas sob a perspectiva da crítica e da transformação, de alternar o mundo dos sólidos com os vazios e, sobretudo, de expressar simultaneamente a intensidade das paixões e o recolhimento do silêncio”, diz a curadora.

“Começou sua experiência artística com a pintura, inicialmente aguada e delicada, mas logo percebeu o ímpeto pela quebra da tela e a busca da tridimensionalidade, quando rasgou o linho e introduziu um volume no rasgo. Detonava-se ali o interesse pelos estados transitivos, pela passagem entre as coisas e por processos ambíguos de construção, que passariam a vigorar no conjunto das esculturas futuras. A quebra da linearidade da superfície, com o ganho simultâneo de um elemento concreto e corpóreo, não apenas atestava sua inclinação escultural, como introduzia novas motivações para explorar a dinâmica do espaço e do tempo, diretamente vinculada ao real”, conta Ligia Canongia. 

SOBRE O ARTISTA 
Angelo Venosa (São Paulo, 1954. Vive e trabalha no Rio de Janeiro) surgiu na cena artística brasileira na década de 1980, tornando-se um dos expoentes dessa geração. Desde esse período, Venosa lançou as bases de uma trajetória que se consolidou no circuito nacional e internacional, incluindo passagens pela Bienal de Veneza (1993), Bienal de São Paulo (1987) e Bienal do Mercosul (2005). Hoje, o artista tem esculturas públicas instaladas no Museu de Arte Moderna de São Paulo (Jardim do Ibirapuera); na Pinacoteca de São Paulo (Jardim da Luz); na praia de Copacabana/ Leme e no Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro; em Santana do Livramento, Rio Grande do Sul e no Parque José Ermírio de Moraes, em Curitiba. Possui trabalhos em importantes coleções brasileiras e estrangeiras, além de um livro panorâmico da obra, publicado pela Cosac Naify, em 2008.











A Vitória de Samotrácia será restaurada



A Escultura em mármore de Paros voltará a ser vista em 2014

A Vitória de Samotrácia, escultura icónica e uma das peças mais reconhecidas do Museu do Louvre, em Paris, vai ser restaurada a partir de Setembro deste ano. A figura em mármore da deusa grega alada Nike, que saúda os visitantes do Louvre ao cimo de uma escadaria, não será a única peça a ser limpa e restaurada - as próprias escadas serão alvo de trabalhos. A estátua ficará longe da vista dos perto de dez milhões de visitantes do Louvre por cerca de seis meses, embora o processo dure um ano ou mais.

A representação da deusa mensageira da vitória será limpa, visto que com os anos ganhou um tom acastanhado, mas também reparada estruturalmente. Em causa estão então "alguns problemas de estrutura" da estátua, segundo disse à agência AFP Jean-Luc Martinez, director do departamento de Antiguidades gregas, etruscas e romanas do museu parisiense, que não foram solucionados por um outro restauro, que já remonta a 1934. "A base moderna em betão está ligeiramente fissurada", explicou ainda o responsável, garantindo que "não há perigo" para a peça, tendo os peritos também dúvidas sobre "uma pequena muleta na parte traseira que foi colocada no século XIX".
Quanto à limpeza, o objectivo é recuperar "o contraste entre o mármore branco de Paros da estátua e o mármore cinzento da sua base em forma de barco", precisa Jean-Luc Martinez. A estátua vai abandonar a sua localização-chave no Louvre para ser deslocada para uma sala próxima em Setembro deste ano, prevendo-se que regresse à escadaria na Primavera de 2014, embora a limpeza da zona circundante possa demorar até ao final de 2014 ou início de 2015, quando se agendará a reinauguração do conjunto.

A comissão de restauro do Museu do Louvre deu esta segunda-feira, 22/01/2013  luz verde aos trabalhos sobre a peça, descoberta em 1863 nas ruínas do Santuário dos Grandes Deuses na ilha grega de Samotrácia, que terão a duração de mais de um ano e que devem custar perto de três milhões de euros - pagos por mecenato.
As entidades que vão contribuir para o restauro da escultura de 2,75 metros (a base mede perto de três metros) são a japonesa Nippon Television Holdings, a holding francesa de gestão de activos e crédito de risco Fimalac e o norte-americano Bank of America Merrill Lynch Art Conservation Programme. Os trabalhos sobre a peça grega do período helénico que representa a deusa da vitória, cuja feitura remonta a cerca de 190 antes de Cristo e que assenta numa base em forma de proa de navio, serão acompanhados por uma subcomissão de peritos internacionais.

No ano passado, o Louvre foi alvo de fortes críticas na sequência do restauro da pintura de Leonardo da Vinci A Virgem e o Menino com Santa Ana (c. 1508), que motivou a demissão de dois dos seus peritos em conservação e pintura, Ségolène Bergeon Langle e Jean-Pierre Cuzin, em protesto contra a limpeza extrema e os resultados radicalmente diferentes do original - das cores ao brilho, passando pelo tradicional sfumato utilizado por Leonardo que ficou irreconhecível.

O Louvre é uma constante no topo da lista dos museus mais visitados do mundo: em 2011 foi o mais visitado, com 8,9 milhões de pessoas nas suas salas e o número representou mesmo um crescimento de 5% em relação a 2010, segundo uma contagem anual do jornal The Art Newspaper. O próprio museu indicou no final de Dezembro que estima ter atingido o número recorde de dez milhões de visitantes em 2012, o dobro daqueles que visitaram o museu em 2001, muito graças ao boom do turismo chinês - mas também continuamente engrossado pelos americanos e pelos brasileiros - e em parte atribuído às novas galerias de arte islâmica, financiadas em parte pelo Governo francês e pelo príncipe saudita Bin Talal. Custaram cerca de 100 milhões de euros e terão atraído só em quatro meses 650 mil pessoas.

O anúncio do restauro da Vitória de Samotrácia surge poucas semanas depois do anúncio da saída, após 12 anos, do director do museu Henri Loyrette, que deve abandonar o cargo em Abril deixando ainda em construção o novo Louvre de Abu Dhabi desenhado pelo arquitecto Jean Nouvel (e um encaixe de 400 milhões de euros para o Louvre pelo licenciamento do uso do seu nome aos Emirados) e a extensão do museu em Lens, também em França (que custou 150 milhões de euros), recém-inaugurada.
 

http://www.publico.pt/cultura/noticia/vitoria-de-samotracia-vai-ser-restaurada-mas-a-vista-de-todos-1581597









Fundição Artística no Brasil


ARTE | EDUCAÇÃO | TECNOLOGIA


Curadoria de Gilberto Habib Oliveira 
Acervos da Pinacoteca do Estado de São Paulo, do Museu Paulista da USP e do SENAI-SP 
Coleções particulares de Israel Kislansky, da família Emendabili (São Paulo) e da Fundição Zani (Rio de Janeiro)
 


A mostra, que tem parceria do SENAI-SP, tem como objetivo destacar a importância da preservação do patrimônio cultural brasileiro com enfoque na tecnologia da fundição artística e na capacitação de jovens profissionais.
A exposição apresenta 20 obras museológicas de importantes acervos, dentre eles peças da Pinacoteca do Estado de São Paulo e trabalhos que ilustram o processo de fundição, desenvolvidos por professores, alunos e técnicos da Escola SENAI Nadir Dias de Figueiredo, de Osasco, que mantém o Centro Técnico em Fundição Artística, núcleo de referência nesse setor.
O processo de fundição artística pelo método de cera perdida, uma das técnicas ensinadas no Centro Técnico do SENAI de Osasco, é utilizado para a formação de jovens profissionais interessados em atuar no ramo da metalurgia artística.


As principais especificidades e os desdobramentos desse processo são apresentados na exposição, bem como o lastro cultural a ele associado.
Entre os destaques, obras de Rodolfo Bernardelli, “escultor oficial” do Brasil durante o período Republicano e obras de Amadeu Zani, autor de vários monumentos públicos em São Paulo e no Rio de Janeiro, professor do Liceu de São Paulo e responsável pela vinda ao Brasil de artistas fundidores que ajudaram a formar jovens artesãos.
Outro ponto forte da exposição é o “Busto D. Pedro II”, de 1839, de autoria de Zépherin Ferrez, pertencente ao acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo. A obra que retrata o Imperador foi recentemente fundida em bronze pelo SENAI-SP, a partir do original em gesso pertencente a Pinacoteca, onde foram aplicados recursos tecnológicos digitais, tais como prototipagens e simulações para auxílio nos processos metalúrgicos. Ainda estarão expostas maquetes de monumentos de Victor Brecheret, Galileo Emendabili, Julio Guerra e Leopoldo e Silva, autores de grandes obras em espaços públicos da cidade de São Paulo.

http://www.sesisp.org.br/cultura/exposicao/fundicao-artistica-no-brasil.html

Informações:
Local: Centro Cultural FIESP – Ruth Cardoso | Espaço FIESP 
Av. Paulista, 1.313 - Metrô Trianon-Masp
Período expositivo: 18 de dezembro de 2012 a 10 de fevereiro de 2013





Laudos Museológicos durante a montagem da exposição





Observadores: fotógrafos da cena britânica desde 1930 até hoje





Parceria do Sesi-SP com o British Council, “Observadores: fotógrafos da cena britânica desde 1930 até hoje” revela em 240 imagens de 36 fotógrafos a cultura e o cotidiano inglês dos últimos 80 anos
Danusa Etcheverria, Agência Indusnet Fiesp
A Galeria de Arte do Sesi-SP, no Centro Cultural Fiesp – Ruth Cardoso, apresenta de 25 de setembro a 25 de novembro de 2012 a exposição Observadores: fotógrafos da cena britânica desde 1930 até hoje. Parceria entre o Sesi-SP e o British Council, esta é a primeira e maior mostra já apresentada na América Latina que traça um perfil da fotografia britânica nos últimos 80 anos.
Humprey Spender - Open market - shoppers, 1937-1938
Com curadoria de João Kulcsár e Martin Caiger-Smith, a exibição cobre desde os novos rumos fotográficos, na década de 1930, até a fotografia contemporânea. São 240 imagens – selecionadas de acervos como TATE Gallery, National Portrait Gallery, British Council Collection, Arts Council Art Collection e Bolton Museum – de 36 fotógrafos que voltaram suas lentes para a cultura, os costumes e as pessoas da Grã-Bretanha.
A mostra é focada na tradição da prática documental presente na fotografia produzida no Reino Unido, e revela quase um século da cena britânica com imagens captadas no universo analógico e na era digital, retratando uma época que viu o nascimento da televisão, do cinema falado e da circulação em massa de jornais e revistas.
Os trabalhos exibidos vão desde a cena urbana até a alta sociedade, passando pelo realismo subversivo e corajoso da cultura de rua inglesa. Entre os influentes fotógrafos que assumiram uma postura voyer diante de seu próprio país, seja por nascimento ou longa estadia, estão Bill Brandt, Martin Parr, Wolfgang Tillman, Cecil Beaton, George Rodger, Richard Billingham, Derek Ridgers, Tony Ray-Jones, Daniel Meadows, Chris Killip, Paul Nash e Keith Arnatt.
Hábitos e costumes
Shirley Baker - Cheeky Young Graffiti artist, Manchester, 1967
A exposição teve seu título inspirado no projeto Mass Observation, criado em 1937 pelo antropólogo Tom Harrisson, pelo poeta Charles Madge e pelo cineasta Humphrey Jennings. A proposta foi examinar e documentar de forma antropológica como a classe trabalhadora inglesa vivia, por meio de seus hábitos e costumes.
No período entre guerras, os criadores do Mass Observation perceberam que havia uma diferença entre o que se conhecia e a vida real das pessoas comuns da Inglaterra.
Esse cenário foi uma oportunidade para artistas, antropólogos, sociólogos e artistas trabalharem juntos de forma criativa e desenvolverem a melhor forma de entender o que as pessoas, de fato, estavam fazendo na Grã-Bretanha.
Observadores: fotógrafos da cena britânica desde 1930 até hoje é uma parceria do Sesi-SP com o British Council e faz parte da temporada UK Season – programação de atividades culturais e educativas do Reino Unido no Brasil, que acontece de setembro de 2012 a março de 2013.
Serviço
Exposição: Observadores: fotógrafos da cena britânica desde 1930 até hoje

Local: Galeria de Arte do Sesi-SP – Centro Cultural Fiesp – Ruth Cardoso
End.: Av. Paulista, 1313 (metrô Trianon-Masp)
Visitação: 25 de setembro a 23 de novembro de 2012
Datas e horários: segunda-feira, das 11h às 20h; terça a sábado, das 10h às 20h; e domingo, das 10h às 19h (entrada até 20 minutos antes do fechamento)
Agendamentos escolares e de grupos: de segunda a sexta-feira, das 10h às 13h e das 14h às 17h, pelo telefone (11) 3146-7439
Classificação indicativa: livre
Informações: (11) 3146-7405 e 7406
Entrada franca. O espaço tem acessibilidade

Leia mais

Veja toda a programação cultural do Sesi-SP no site: www.sesisp.org.br/cultura














Centenário do artista Naïf Antonio de Oliveira


13 de Junho de 2012 - 07:00

Artista naïf, Antônio de Oliveira faria 100 anos

Para marcar a data, família restaura uma das obras do mineiro de Belmiro Braga, que criou brinquedos e peças conhecidas principalmente no Rio de Janeiro

Por BRUNO CALIXTO
























Antônio de Oliveira com a reprodução de uma plataforma de petróleo, restaurada (abaixo) recentemente





                  durante o processo de restauro  

O mineiro Antônio de Oliveira é considerado um representante da arte naïf. Desde os 6 anos, começou a esculpir carrinhos de bois e outras peças com as quais brincava. Seu trabalho rompeu as fronteiras da antiga Vargem Grande (hoje Belmiro Braga) e foi parar no Rio de Janeiro. Expôs no Museu Nacional de Belas Artes e no Morro da Urca, onde a mostra durou 12 anos, encantando gerações de crianças, que por ela passavam antes do passeio de bondinho. Nascido em 1912 e morto em 1996, o mestre em talhar a diversão em madeira faria 100 anos nesta quinta.

Sua história também ficou marcada no cotidiano de muitos adultos, seja por seu trabalho com concertos de móveis durante o dia ou pelas "esculturas" irreverentes executadas nas madrugadas. "Meu pai foi engenheiro, arquiteto, pedreiro, pintor, eletricista, encanador e tudo mais que for preciso para colocar uma casa de pé", define Vaneida Salgado, uma das nove filhas do "Menino do dedo verde", como era conhecido em Belmiro Braga devido ao livro homônimo de Maurice Druon.

"Tudo que ele plantava, nascia com fartura. Não satisfeito, ele se desfazia de um tipo de plantação por outra. Em um dia, o pomar era de mexericas, no outro, de abacates", completa Fabiana Salgado, neta do artista e filha de Vaneida. Ela é a proprietária da peça que, em homenagem ao centenário do artista, sofreu restauração e será entregue hoje. Trata-se da réplica da reprodução de uma plataforma de petróleo, cujo restauro foi feito pela artista plástica Mariana Giurno, pós-graduanda em preservação e análise de obras de arte. A réplica foi produzida por Antônio após a original ser vendida. "Ele tinha essa mania de refazer obras que vendia", diz Fabiana.

Empreendedor plural no ramo da cultura popular, Antônio assinou obras que podem ser apreciadas em espaços como o Museu Casa do Pontal, no Rio, onde se encontra o maior conjunto de suas peças. Em locais como o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB/Rio), também é possível apreciar obras isoladas. "Seu trabalho, que reproduzia cenas do cotidiano no interior e marcos da história do Brasil e de Minas, foi bem maior que o acervo que se pode localizar hoje em dia. Ele próprio denominava seu conjunto de peças como sendo seu mundo encantado", completa a neta.

Fabiana observa que uma das peças mais conhecidas de Antônio é a "Escada da vida", em que "as fases da vida de um homem eram retratadas desde seu nascimento até sua morte, passando pelo exército, casamento e velhice". Em sua obra, também se destacam diversas peças motorizadas, tendo sido a primeira delas um moinho de fubá. Todos os mecanismos que faziam aquela magia acontecer eram feitos pelas mãos do artista. "As peças de Antônio possuem proporção e mecanismos de movimento idênticos aos reais, o que encanta os visitantes engenheiros", explica, por e-mail, João Albuquerque, um dos monitores do Museu Casa do Pontal.




http://www.tribunademinas.com.br/cultura/artista-naif-antonio-de-oliveira-faria-100-anos-1.1106739http://www.tribunademinas.com.br/cultura/artista-naif-antonio-de-oliveira-faria-100-anos-1.1106739









Respeito pelo artista e sua obra


Fazer uma restauração é sempre um desafio diferente, cada caso é um caso. E tem alguns casos em que eu fico especialmente satisfeita.
Essa tela tinha 4 rasgos, que aconteceram acidentalmente e devido ao ressecamento do tecido, fizeram grandes estragos.

Detalhe do rasgo 1
Detalhe do rasgo 2

No verso da tela havia uma inscrição em inglês e alemão, com o nome da obra, uma dedicatória e a assinatura do artista.
Seguindo a linha de restauro de Cesare Brandi em que se preserva o máximo do original em uma obra de arte, sendo o restauro um recurso para que a obra seja mantida na sua total integridade, fiz a suturação dos rasgos pelo verso e optei pelo não reentelamento.

"A restauração deve dirigir-se ao restabelecimento da unidade potencial da obra de arte (...) sem apagar as marcas do transcurso da obra de arte através do tempo".
(Cesare Brandi, Teoria da Restauração)

Detalhe da tela restaurada
O resultado ficou muito bom e a tela manterá suas características originais criadas pelo artista por mais muitos anos.





JOIAS DO DESERTO


Exposição "Joias do Deserto" abre Temporada 2012 na Galeria de Arte do Sesi-SP

Adorno peitoral do Himalaia

Acervo reúne 2.000 peças, entre brincos, colares, braceletes, vestes do século XIX e início do XX, além de fotos dos principais desertos do mundo.
A Galeria de Arte do Sesi, no Centro Cultural Fiesp – Ruth Cardoso, apresenta de 13 de março a 10 de junho de 2012 a exposição Joias do Deserto, uma seleção de adornos corporais pertencentes ao acervo etnográfico da historiadora Thereza Collor. Com essa mostra, o Sesi-SP oferece ao público a oportunidade de conhecer uma das mais raras coleções de todo o mundo – entre as reservas particulares e de museus – de joias, vestimentas e acessórios de povos orientais, africanos e asiáticos.

O interesse pelos aspectos estéticos, sociais, econômicos e religiosos de culturas desconhecidas pela maior parte do mundo ocidental teve início quando Thereza Collor tinha apenas 14 anos e fez sua primeira visita ao Oriente Médio, chegando até o Irã. Após alguns anos de colecionismo, teve o apoio da sogra Eugenia, que lhe adicionou várias peças ao conjunto formado por artefatos produzidos no século XIX e início do XX.   

A exposição exibirá cerca de 2.000 peças da joalheria tradicional – entre brincos, colares, braceletes, cintos, bolsas, vestes, tornozeleiras e adornos peitorais e de cabeça – de povos habitantes de cinco regiões desérticas:

  • Grande Deserto do Saara – compreendendo Marrocos, Argélia, Mali, Níger, Tunísia, Líbia e Egito (até o Sinai, chegando à Palestina);
  • Deserto da Arábia – Arábia Saudita, Iêmen, Sultanato de Omã e Síria;
  • Desertos da Ásia Central – Uzbequistão, Turcomenistão, Quirguistão e Cazaquistão (passando pelo Irã, até o Afeganistão);
  • Deserto de Thar – Índia (Rajastão e Gujarat) e Paquistão;
  • Deserto do Himalaia – Tibete (território autônomo da China) e Ladakh (região dividida entre a Índia, Paquistão e China).   
Por conta de novas configurações geopolíticas e dos sintomas da globalização, muitas dessas sociedades estão em curso de desaparecimento. Desta forma, além do significado artístico, o acervo contribui para a preservação dessas culturas por reunir artefatos que revelam os costumes e tradições desses diferentes povos.

Local: Galeria de Arte do Sesi – Centro Cultural Fiesp - Ruth Cardoso
Endereço: Av. Paulista, 1313
Tels. (11) 3146-7405 / 7406

Visitação: 13 de março a 10 de junho de 2012
Horário: segunda-feira, das 11h às 20h; terça a sábado, das 10h às 20h; domingo, das 10h às 19h
Entrada franca. O espaço tem acessibilidade
Concepção: Thereza Collor | Curadora convidada: Ana Cristina Carvalho












 

Conservação e Restauração



A expressão "conservação de obras de arte" inclui todas as medidas tomadas e todos os estudos feitos com o propósito de reabilitar trabalhos danificados ou deteriorados e preservar ou manter trabalhos de arte nas condições apropriadas.

O termo "restauração" refere-se somente à reposição de partes que estejam faltando, imitando o original pelo uso de materiais adequados.

A competência na conservação não é uma questão de conhecimento artístico e químico, aos materiais e métodos, etc. Esse conhecimento é necessário, mas sua aplicação bem-sucedida é um resultado de perícia especializada, estudo e discernimento através da experiência. Além de dominar os aspectos estritamente técnicos da profissão, o conservador deve conhecer a natureza artística da obra com a qual está envolvido.

Talvez a consideração mais importante seja a atitude do restaurador em relação ao trabalho, as pinturas devem ser tratadas de maneira conscienciosa, com total afinco, sem influências de outras considerações.

Além de interromper a deterioração e impedir o progresso da desintegração, o propósito de uma restauração honesta deve ser o de dar uma aparência aceitalmente boa de maneira que a obra possa ser vista ou estudada como um todo, sem interferência dos defeitos.




NELSON LEIRNER 2011-1961 = 50 ANOS

EXPOSIÇÃO PRORROGADA ATÉ 11 de dezembro !

Mostra reúne mais de 40 obras que atravessaram cinco décadas. Público poderá conhecer os trabalhos gratuitamente, a partir de 6 de setembro na Galeria de Arte do SESI.

Nelson Leirner volta a são paulo para repassar, na galeria de arte do sesi-sp, sua brilhante e controvérsia trajetória a mostra 2011-1961=50 anos apresentará, gratuitamente, obras dos em que o artista reinou absoluto no meio da arte. exposição mostrará trajetória artista, destacando peças entraram história nossa e, também instalação inédita: "um, nenhum cem mil", realizada ao longo últimos 15 anos. considerado um artistas mais provocativas brasileira, desenvolveu trabalhos iconoclastas, fundamentados persistente desmantelamento noção arte, crítica seus processos valores acima tudo, compreensão seu caráter grandioso.
A exposição tem curadoria de Agnaldo Farias e abarca três momentos decisivos da trajetória de Leirner: os primeiros anos, quando o artista mesmo fazendo uso de suportes convencionais – pintura, pintura/objeto e desenho – alcançam resultados; a segunda fase, de meados de 1965 até 1994, quando alcança a maturidade sob a forma de obra polimórfica (troca a noção de criação pela de apropriação), realiza happenings, performances, intervenções em espaço público até trabalhos pautados na paródia do circuito artístico, passando por ensino da arte e a compreensão do espaço pedagógico como extensão de seu trabalho artístico; e a terceira fase, inaugurada com a mostra retrospectiva de 1994, sua primeira exposição do gênero, quando utiliza objetos industriais, materializadores do repertório infinito proporcionado pelas empresas comprometidas com o imaginário social, de crianças aos adultos, cuja devoção encontra um poderoso apoio em imagens e estatuetas.
Em uma nova fase, o artista enxerga seu trabalho como um verdadeiro hobby, coroa-se com a realização da grande instalação "Um, nenhum e cem mil", composta por objetos e trabalhos portáteis de toda sorte, a exemplo de colagens e intervenções gráficas realizadas sobre cartões postais, livros, revistas e tudo o mais que cai nas mãos do artista e o faz se sentir estimulado a acrescentar algo.

Sobre o artista

Nelson Leirner é filho da escultora Felícia Leirner e do empresário Isaí Leirner. Desde a infância, a arte moderna está muito presente em sua vida. Seus pais conviveram com boa parte da vanguarda brasileira e ajudaram a fundar o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP) e a Galeria de Arte da Folha, além de instituírem o Prêmio Leirner de Arte Contemporânea.
Tornou-se artista apenas na década de 50, estimulado por trabalhos de Paul Klee. Em 1956, passou a ter aulas de pintura com Joan Ponç. Dois anos depois, frequentou o Atelier-Abstração, de Flexor, mas não se entusiasmou com os cursos. Suas telas se aproximam da abstração informal de pintores como Alberto Burri e Antoni Tàpies. Entre 1961 e 1964, continuou com a pesquisa de materiais, mas seguiu em outra direção. Interessado nas poéticas dadaístas, produziu seus quadros com objetos recolhidos na rua, criando a série Apropriações.
Em 1964, o artista abandonou a pintura e passou a trabalhar com elementos prontos, fabricados industrialmente. A partir de então passou a recolher objetos de uso e deslocou seu sentido, como em Que Horas São D. Candida (1964). Seus trabalhos estão entre a escultura e o objeto. Dois anos mais tarde, a participação do espectador é incorporada em obras como Você Faz Parte I e II (1966). Ainda em 1966, fundou o Grupo Rex, com Wesley Duke Lee, Geraldo de Barros, Frederico Nasser, José Resende e Carlos Fajardo. O coletivo promove happenings e publica o jornal Rex Time. O grupo se volta a problemas como as relações da arte com o mercado, as instituições e o público.
Em 1967, montou a exposição Da Produção em Massa de uma Pintura, mostrando a série Homenagem a Fontana, uma das primeiras séries de múltiplos do país. As "pinturas" são produzidas industrialmente. Feitas de zíperes e tecidos, objetos que tradicionalmente não têm propriedades artísticas. No mesmo ano, enviou seu Porco Empalhado (1966) para o 4º Salão de Arte Moderna de Brasília. O júri aceita o trabalho. Leirner questionou o resultado e solicitou manifestação explicita dos critérios de admissão da mostra, criando polêmica com críticos como Mário Pedrosa e Frederico Morais. A partir da década de 1970, o teor questionador do trabalho migrou da ação direta para um sentido alegórico, que muitas vezes envolve o erotismo. Nessa época, Leirner se dedicou a outras linguagens, como o design, os múltiplos e o cinema experimental.
A presença de elementos da cultura popular brasileira, marcante desde os anos 1960, cresceu a partir da década de 1980. Em 1985, realizou a instalação O Grande Combate, em que utiliza imagens de santos, divindades afro-brasileiras, bonecos infantis e réplicas de animais. Desde o ano 2000, seu trabalho se apropria de imagens artísticas banalizadas pela sociedade de consumo. De maneira bem-humorada, lida com as reproduções da Gioconda (Mona Lisa), 1503/1506 de Leonardo da Vinci, e a Fonte, 1917 de Marcel Duchamp, como tema artístico. Com a mesma ironia, o artista replica em couro de boi imagens da tradição concreta brasileira, na série Construtivismo Rural.


http://www.sesisp.org.br/home/2006/centrocultural/Prog_expo.asp


Site do artista : www.nelsonleirner.com.br










Exposição vencedora do 8º prêmio REVISTA BRAVO de Cultura
http://bravonline.abril.com.br/premio-bravo/2012/vencedores







A Arte na Mecânica do Movimento


Não percam essa exposição na Galeria de Arte do SESI !



A Galeria de Arte do SESI-SP apresentará, gratuitamente, a exposição A Arte na mecânica do movimento. A mostra, com curadoria compartilhada pela Municipalidade de Sainte-Croix (Suíça) e pelo historiador Lucas Bittencourt, apresentará ao público a vocação da cidade para a mecânica de precisão, bem como a passagem do trabalho artesanal para o trabalho industrial, materializados nas caixas de música e nos autômatos.

Pela primeira vez no Brasil, a exposição, resultado de uma iniciativa do SESI-SP em parceria com a Municipalidade de Sainte-Croix, está estruturada em três núcleos temáticos: História, Música e Autômatos.

O primeiro tem caráter introdutório e situa geograficamente a comunidade de Sainte-Croix, em sua montanhosa região de invernos rigorosos que marcaram a vida cotidiana do local. Neste núcleo será contada rapidamente a história daquela região, focando o desenvolvimento das técnicas de mecânica de precisão, como a relojoaria e as primeiras caixas de música. Este módulo conta também o processo de industrialização do trabalho e da chegada/criação de fábricas produtoras de discos de música, gramofones, máquinas de escrever, câmeras super 8, rádios e outros produtos como isqueiros, fixações de esqui e ferramentas.

Já no segundo núcleo está centrada a longa tradição desenvolvida em Sainte-Croix e em sua excelência para a criação de mecanismos de música. Em sua criação, as caixas de música necessitavam de caixas de madeira que melhor ecoavam suas melodias e, por conta disso, um delicado e preciso trabalho de marchetaria foi desenvolvido. Era preciso que as caixas apresentassem a mesma sofisticação dos mecanismos musicais que guardavam. Quanto à música, há também desdobramentos como as chamadas estações musicais, automatizadas, que funcionavam a partir de moedas em locais públicos, como estações de trem. Tais estações incluíam inovações às técnicas das caixas musicais, pois algumas incluíram instrumentos de sopro, percussão, e até pau e cordas. Muitas destas estações também contavam com pequenas bonecas dançarinas, que foram se sofisticando, levando ao desenvolvimento dos autômatos musicais.

Por fim, o terceiro e último núcleo incluirá desde pequenos autômatos musicais, como os pássaros cantores, aos autômatos tradicionais de Michel Bertrand, marcados por sofisticados movimentos que emulam truques mágicos, pierrôs escrevendo cartas e equilibristas mostrando seus talentos. Além disso, constam do acervo, ainda, o que podemos chamar de autômatos modernos, produzidos por François Junod, discípulo de Michel Bertrand. Os autômatos de Junod transitam do tradicional, sobretudo no que se refere à técnica de criação, ao contemporâneo, em suas experimentações estéticas e temáticas.



site do artista François Junod : http://www.francoisjunod.com/


Local : Galeria de Arte do SESI - Av. Paulista ,1313
Metrô : Trianon- Masp
Temporada: de 19 de abril a 30 de junho (segunda a domingo)
Segunda das 11hs as 20hs
Terça a domingo das 10hs as 20hs