As pinturas mais antigas dos apóstolos de Jesus


Pintura do apóstolo Pedro é vista em um ramal das catacumbas de Santa Tecla, obra foi descoberta por meio da utilização de tecnologia a laser


Em Roma, arqueólogos e restauradores de arte usando nova tecnologia a laser descobriram o que acreditam ser as pinturas mais antigas dos rostos dos apóstolos de Jesus Cristo. As imagens encontradas em um ramal das catacumbas de Santa Tecla, perto da Basílica de São Pedro, do lado de fora das muralhas da Roma antiga, foram pintadas no fim do século 4 ou início do século 5. Os arqueólogos acreditam que essas imagens podem estar entre as que mais influenciaram os retratos feitos por artistas posteriores dos mais importantes entre os primeiros seguidores de Cristo.
"São as primeiras imagens que conhecemos dos rostos desses quatro apóstolos", disse o professor Fabrizio Bisconti, diretor de arqueologia das catacumbas de Roma, que pertencem ao Vaticano e são administradas por ele.
Os afrescos eram conhecidos, mas seus detalhes vieram à tona durante um projeto de restauração iniciado dois anos atrás e cujos resultados foram anunciados nesta terça-feira 22/06 , em coletiva de imprensa.
Os ícones de rosto inteiro incluem as faces de São Pedro, Santo André e São João, que fizeram parte dos 12 apóstolos originais de Jesus, e São Paulo, que se tornou apóstolo após a morte de Cristo. As pinturas possuem as mesmas características de imagens posteriores, como a testa enrugada e alongada, a cabeça calva e a barbicha pontuda de São Paulo, o que indica que podem ter sido as imagens nas quais os retratos posteriores se basearam.
Os quatro círculos, com cerca de 50 centímetros de diâmetro, estão no teto do local do sepultamento subterrâneo de uma mulher nobre que se acredita que tenha se convertido ao cristianismo no fim do mesmo século em que o imperador Constantino legalizou a religião. Bisconti explicou que as pinturas mais antigas dos apóstolos os mostram em grupo, com rostos menores cujos detalhes são difíceis de distinguir. "Trata-se de uma descoberta muito importante na história das comunidades cristãs primitivas de Roma", disse Bisconti.
"Cirurgia" a laser :
Os afrescos dentro do túmulo, medindo cerca de 2 metros por 2 metros, estavam recobertos de uma pátina espessa de carbonato de cálcio pulverizado, provocada pela umidade extrema e a ausência de circulação de ar.
"Fizemos análises extensas e demoradas antes de decidir qual técnica empregar", disse Barbara Mazzei, que chefiou o projeto. Ela explicou como usou um laser como "bisturi ótico" para fazer o carbonato de cálcio cair sem prejudicar a tinta. "O laser criou uma espécie de miniexplosão de vapor quando interagiu com o carbonato de cálcio, levando este a se destacar da superfície." O resultado foi a clareza espantosa das imagens, antes opacas e sem nitidez. As rugas na testa de São Paulo, por exemplo, estão nítidas, e a brancura da barba de São Pedro ressurgiu. "Foi uma descoberta de forte impacto emocional", disse Mazzei. Outras cenas da Bíblia, como a de Jesus convocando Lázaro a levantar-se dos mortos ou Abraão preparando-se para sacrificar seu filho, Isaac, também ficaram muito mais claras e nítidas. "No que diz respeito a pinturas no interior de catacumbas, estamos acostumados a ver pinturas muito pálidas, geralmente brancas, com poucas cores. No caso das catacumbas de Santa Tecla, a grande surpresa foram as cores extraordinárias. Quanto mais avançamos, mais surpresas encontramos", disse Mazzei.
Situado num labirinto de catacumbas sob um prédio moderno, o túmulo ainda não está aberto ao público devido às obras que continuam, à dificuldade de acesso e ao espaço limitado. Bisconti disse que as novas descobertas serão abertas apenas à visitação de especialistas, por enquanto (por Philip Pullella).





Oficina Conservação de filmes e vídeos


Pessoal, achei bacana e estou repassando para os interessados em filmes e vídeos .

Desde o surgimento do cinema, no final do século IX, até os dias de hoje, a imagem em movimento conquistou espaços cada vez mais expressivos em nossa sociedade. Especialmente para a cultura ocidental,
o mundo tornou-se
inimaginável sem o cinema, a televisão, os vídeos e DVD.

Um Arquivo Audiovisual tem a difícil missão de conservar um dos objetos mais representativos da cultura do último século e ao mesmo tempo um dos objetos mais frágeis que a humanidade já criou. Filmes, vídeos, DVD são materiais delicados e exigentes que só sobrevivem por tempo museológico através de ações permanentes de conservação preventiva. Um Sistema de Conservação para acervos audiovisuais deve ser pertinente ao tipo de material que trabalha no que se refere a sua guarda, manipulação e acesso. Para isso, é fundamental que conheça cada um desses objetos, reconheça as formas de deterioração e seus agentes, e seja capaz de tomar as atitudes necessárias para manter a integridade do objeto e das informações nele contidas.

Por causa dessas questões de relevada importância, a Associação de Arquivistas de São Paulo, ARQ-SP, estará promovendo nos dias 24 e 25 de junho a Oficina Conservação de filmes e vídeos, dando continuidade à programação 2010 do Projeto Como Fazer. Este curso tem um caráter extensivo; seu objetivo é dar uma visão panorâmica das questões fundamentais da conservação de acervos audiovisuais e situar o aluno dentro de um universo, em geral, pouco conhecido. Embora seu programa seja denso, a intenção do curso não é formar técnicos, mas antes oferecer ferramentas para que o aluno saiba buscar os caminhos mais coerentes ao desenvolver um trabalho de conservação audiovisual.

A oficina será ministrada pela professora Maria Fernanda Curado Coelho, que é bacharel em Comunicação Social e especialista em Cinema, Rádio e TV, pela Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP; pós-graduada em Museologia pelo Instituto de Museologia da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo - FESPSP e mestra em Conservação Audiovisual pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo - ECA/USP. Trabalha com acervos audiovisuais desde 1979, principalmente na Cinemateca Brasileira, onde desenvolveu atividades nos setores de Preservação e Restauração e ocupou o cargo de Coordenadora de Preservação até novembro de 2008. Tem prestado assessoria a diversas instituições em todo território nacional.

O curso está voltado a profissionais que atuam em arquivos, bibliotecas, centros de documentação, museus e instituições congêneres, que tenham sob sua responsabilidade acervos de filmes ou vídeos que precisam ser preservados, estudantes e interessados em geral.

Data: 24 e 25 de junho (5ª e 6ª feira) Horário: das 9:30 às 12:30 e das 13:30 às 16:30 horas

Local: Departamento de História - FFLCH/USP – Av. Prof. Lineu Prestes, 338(Cidade Universitária) - SALA N (sede da ARQ-SP)

Informações e inscrições:
http://www.arqsp.org.br/?&keyword=ARQ-SP+Principal


Fica aí minha dica para vocês.



Um abraço,