Fundição Artística no Brasil


ARTE | EDUCAÇÃO | TECNOLOGIA


Curadoria de Gilberto Habib Oliveira 
Acervos da Pinacoteca do Estado de São Paulo, do Museu Paulista da USP e do SENAI-SP 
Coleções particulares de Israel Kislansky, da família Emendabili (São Paulo) e da Fundição Zani (Rio de Janeiro)
 


A mostra, que tem parceria do SENAI-SP, tem como objetivo destacar a importância da preservação do patrimônio cultural brasileiro com enfoque na tecnologia da fundição artística e na capacitação de jovens profissionais.
A exposição apresenta 20 obras museológicas de importantes acervos, dentre eles peças da Pinacoteca do Estado de São Paulo e trabalhos que ilustram o processo de fundição, desenvolvidos por professores, alunos e técnicos da Escola SENAI Nadir Dias de Figueiredo, de Osasco, que mantém o Centro Técnico em Fundição Artística, núcleo de referência nesse setor.
O processo de fundição artística pelo método de cera perdida, uma das técnicas ensinadas no Centro Técnico do SENAI de Osasco, é utilizado para a formação de jovens profissionais interessados em atuar no ramo da metalurgia artística.


As principais especificidades e os desdobramentos desse processo são apresentados na exposição, bem como o lastro cultural a ele associado.
Entre os destaques, obras de Rodolfo Bernardelli, “escultor oficial” do Brasil durante o período Republicano e obras de Amadeu Zani, autor de vários monumentos públicos em São Paulo e no Rio de Janeiro, professor do Liceu de São Paulo e responsável pela vinda ao Brasil de artistas fundidores que ajudaram a formar jovens artesãos.
Outro ponto forte da exposição é o “Busto D. Pedro II”, de 1839, de autoria de Zépherin Ferrez, pertencente ao acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo. A obra que retrata o Imperador foi recentemente fundida em bronze pelo SENAI-SP, a partir do original em gesso pertencente a Pinacoteca, onde foram aplicados recursos tecnológicos digitais, tais como prototipagens e simulações para auxílio nos processos metalúrgicos. Ainda estarão expostas maquetes de monumentos de Victor Brecheret, Galileo Emendabili, Julio Guerra e Leopoldo e Silva, autores de grandes obras em espaços públicos da cidade de São Paulo.

http://www.sesisp.org.br/cultura/exposicao/fundicao-artistica-no-brasil.html

Informações:
Local: Centro Cultural FIESP – Ruth Cardoso | Espaço FIESP 
Av. Paulista, 1.313 - Metrô Trianon-Masp
Período expositivo: 18 de dezembro de 2012 a 10 de fevereiro de 2013





Laudos Museológicos durante a montagem da exposição





Observadores: fotógrafos da cena britânica desde 1930 até hoje





Parceria do Sesi-SP com o British Council, “Observadores: fotógrafos da cena britânica desde 1930 até hoje” revela em 240 imagens de 36 fotógrafos a cultura e o cotidiano inglês dos últimos 80 anos
Danusa Etcheverria, Agência Indusnet Fiesp
A Galeria de Arte do Sesi-SP, no Centro Cultural Fiesp – Ruth Cardoso, apresenta de 25 de setembro a 25 de novembro de 2012 a exposição Observadores: fotógrafos da cena britânica desde 1930 até hoje. Parceria entre o Sesi-SP e o British Council, esta é a primeira e maior mostra já apresentada na América Latina que traça um perfil da fotografia britânica nos últimos 80 anos.
Humprey Spender - Open market - shoppers, 1937-1938
Com curadoria de João Kulcsár e Martin Caiger-Smith, a exibição cobre desde os novos rumos fotográficos, na década de 1930, até a fotografia contemporânea. São 240 imagens – selecionadas de acervos como TATE Gallery, National Portrait Gallery, British Council Collection, Arts Council Art Collection e Bolton Museum – de 36 fotógrafos que voltaram suas lentes para a cultura, os costumes e as pessoas da Grã-Bretanha.
A mostra é focada na tradição da prática documental presente na fotografia produzida no Reino Unido, e revela quase um século da cena britânica com imagens captadas no universo analógico e na era digital, retratando uma época que viu o nascimento da televisão, do cinema falado e da circulação em massa de jornais e revistas.
Os trabalhos exibidos vão desde a cena urbana até a alta sociedade, passando pelo realismo subversivo e corajoso da cultura de rua inglesa. Entre os influentes fotógrafos que assumiram uma postura voyer diante de seu próprio país, seja por nascimento ou longa estadia, estão Bill Brandt, Martin Parr, Wolfgang Tillman, Cecil Beaton, George Rodger, Richard Billingham, Derek Ridgers, Tony Ray-Jones, Daniel Meadows, Chris Killip, Paul Nash e Keith Arnatt.
Hábitos e costumes
Shirley Baker - Cheeky Young Graffiti artist, Manchester, 1967
A exposição teve seu título inspirado no projeto Mass Observation, criado em 1937 pelo antropólogo Tom Harrisson, pelo poeta Charles Madge e pelo cineasta Humphrey Jennings. A proposta foi examinar e documentar de forma antropológica como a classe trabalhadora inglesa vivia, por meio de seus hábitos e costumes.
No período entre guerras, os criadores do Mass Observation perceberam que havia uma diferença entre o que se conhecia e a vida real das pessoas comuns da Inglaterra.
Esse cenário foi uma oportunidade para artistas, antropólogos, sociólogos e artistas trabalharem juntos de forma criativa e desenvolverem a melhor forma de entender o que as pessoas, de fato, estavam fazendo na Grã-Bretanha.
Observadores: fotógrafos da cena britânica desde 1930 até hoje é uma parceria do Sesi-SP com o British Council e faz parte da temporada UK Season – programação de atividades culturais e educativas do Reino Unido no Brasil, que acontece de setembro de 2012 a março de 2013.
Serviço
Exposição: Observadores: fotógrafos da cena britânica desde 1930 até hoje

Local: Galeria de Arte do Sesi-SP – Centro Cultural Fiesp – Ruth Cardoso
End.: Av. Paulista, 1313 (metrô Trianon-Masp)
Visitação: 25 de setembro a 23 de novembro de 2012
Datas e horários: segunda-feira, das 11h às 20h; terça a sábado, das 10h às 20h; e domingo, das 10h às 19h (entrada até 20 minutos antes do fechamento)
Agendamentos escolares e de grupos: de segunda a sexta-feira, das 10h às 13h e das 14h às 17h, pelo telefone (11) 3146-7439
Classificação indicativa: livre
Informações: (11) 3146-7405 e 7406
Entrada franca. O espaço tem acessibilidade

Leia mais

Veja toda a programação cultural do Sesi-SP no site: www.sesisp.org.br/cultura














Centenário do artista Naïf Antonio de Oliveira


13 de Junho de 2012 - 07:00

Artista naïf, Antônio de Oliveira faria 100 anos

Para marcar a data, família restaura uma das obras do mineiro de Belmiro Braga, que criou brinquedos e peças conhecidas principalmente no Rio de Janeiro

Por BRUNO CALIXTO
























Antônio de Oliveira com a reprodução de uma plataforma de petróleo, restaurada (abaixo) recentemente





                  durante o processo de restauro  

O mineiro Antônio de Oliveira é considerado um representante da arte naïf. Desde os 6 anos, começou a esculpir carrinhos de bois e outras peças com as quais brincava. Seu trabalho rompeu as fronteiras da antiga Vargem Grande (hoje Belmiro Braga) e foi parar no Rio de Janeiro. Expôs no Museu Nacional de Belas Artes e no Morro da Urca, onde a mostra durou 12 anos, encantando gerações de crianças, que por ela passavam antes do passeio de bondinho. Nascido em 1912 e morto em 1996, o mestre em talhar a diversão em madeira faria 100 anos nesta quinta.

Sua história também ficou marcada no cotidiano de muitos adultos, seja por seu trabalho com concertos de móveis durante o dia ou pelas "esculturas" irreverentes executadas nas madrugadas. "Meu pai foi engenheiro, arquiteto, pedreiro, pintor, eletricista, encanador e tudo mais que for preciso para colocar uma casa de pé", define Vaneida Salgado, uma das nove filhas do "Menino do dedo verde", como era conhecido em Belmiro Braga devido ao livro homônimo de Maurice Druon.

"Tudo que ele plantava, nascia com fartura. Não satisfeito, ele se desfazia de um tipo de plantação por outra. Em um dia, o pomar era de mexericas, no outro, de abacates", completa Fabiana Salgado, neta do artista e filha de Vaneida. Ela é a proprietária da peça que, em homenagem ao centenário do artista, sofreu restauração e será entregue hoje. Trata-se da réplica da reprodução de uma plataforma de petróleo, cujo restauro foi feito pela artista plástica Mariana Giurno, pós-graduanda em preservação e análise de obras de arte. A réplica foi produzida por Antônio após a original ser vendida. "Ele tinha essa mania de refazer obras que vendia", diz Fabiana.

Empreendedor plural no ramo da cultura popular, Antônio assinou obras que podem ser apreciadas em espaços como o Museu Casa do Pontal, no Rio, onde se encontra o maior conjunto de suas peças. Em locais como o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB/Rio), também é possível apreciar obras isoladas. "Seu trabalho, que reproduzia cenas do cotidiano no interior e marcos da história do Brasil e de Minas, foi bem maior que o acervo que se pode localizar hoje em dia. Ele próprio denominava seu conjunto de peças como sendo seu mundo encantado", completa a neta.

Fabiana observa que uma das peças mais conhecidas de Antônio é a "Escada da vida", em que "as fases da vida de um homem eram retratadas desde seu nascimento até sua morte, passando pelo exército, casamento e velhice". Em sua obra, também se destacam diversas peças motorizadas, tendo sido a primeira delas um moinho de fubá. Todos os mecanismos que faziam aquela magia acontecer eram feitos pelas mãos do artista. "As peças de Antônio possuem proporção e mecanismos de movimento idênticos aos reais, o que encanta os visitantes engenheiros", explica, por e-mail, João Albuquerque, um dos monitores do Museu Casa do Pontal.




http://www.tribunademinas.com.br/cultura/artista-naif-antonio-de-oliveira-faria-100-anos-1.1106739http://www.tribunademinas.com.br/cultura/artista-naif-antonio-de-oliveira-faria-100-anos-1.1106739









Respeito pelo artista e sua obra


Fazer uma restauração é sempre um desafio diferente, cada caso é um caso. E tem alguns casos em que eu fico especialmente satisfeita.
Essa tela tinha 4 rasgos, que aconteceram acidentalmente e devido ao ressecamento do tecido, fizeram grandes estragos.

Detalhe do rasgo 1
Detalhe do rasgo 2

No verso da tela havia uma inscrição em inglês e alemão, com o nome da obra, uma dedicatória e a assinatura do artista.
Seguindo a linha de restauro de Cesare Brandi em que se preserva o máximo do original em uma obra de arte, sendo o restauro um recurso para que a obra seja mantida na sua total integridade, fiz a suturação dos rasgos pelo verso e optei pelo não reentelamento.

"A restauração deve dirigir-se ao restabelecimento da unidade potencial da obra de arte (...) sem apagar as marcas do transcurso da obra de arte através do tempo".
(Cesare Brandi, Teoria da Restauração)

Detalhe da tela restaurada
O resultado ficou muito bom e a tela manterá suas características originais criadas pelo artista por mais muitos anos.





JOIAS DO DESERTO


Exposição "Joias do Deserto" abre Temporada 2012 na Galeria de Arte do Sesi-SP

Adorno peitoral do Himalaia

Acervo reúne 2.000 peças, entre brincos, colares, braceletes, vestes do século XIX e início do XX, além de fotos dos principais desertos do mundo.
A Galeria de Arte do Sesi, no Centro Cultural Fiesp – Ruth Cardoso, apresenta de 13 de março a 10 de junho de 2012 a exposição Joias do Deserto, uma seleção de adornos corporais pertencentes ao acervo etnográfico da historiadora Thereza Collor. Com essa mostra, o Sesi-SP oferece ao público a oportunidade de conhecer uma das mais raras coleções de todo o mundo – entre as reservas particulares e de museus – de joias, vestimentas e acessórios de povos orientais, africanos e asiáticos.

O interesse pelos aspectos estéticos, sociais, econômicos e religiosos de culturas desconhecidas pela maior parte do mundo ocidental teve início quando Thereza Collor tinha apenas 14 anos e fez sua primeira visita ao Oriente Médio, chegando até o Irã. Após alguns anos de colecionismo, teve o apoio da sogra Eugenia, que lhe adicionou várias peças ao conjunto formado por artefatos produzidos no século XIX e início do XX.   

A exposição exibirá cerca de 2.000 peças da joalheria tradicional – entre brincos, colares, braceletes, cintos, bolsas, vestes, tornozeleiras e adornos peitorais e de cabeça – de povos habitantes de cinco regiões desérticas:

  • Grande Deserto do Saara – compreendendo Marrocos, Argélia, Mali, Níger, Tunísia, Líbia e Egito (até o Sinai, chegando à Palestina);
  • Deserto da Arábia – Arábia Saudita, Iêmen, Sultanato de Omã e Síria;
  • Desertos da Ásia Central – Uzbequistão, Turcomenistão, Quirguistão e Cazaquistão (passando pelo Irã, até o Afeganistão);
  • Deserto de Thar – Índia (Rajastão e Gujarat) e Paquistão;
  • Deserto do Himalaia – Tibete (território autônomo da China) e Ladakh (região dividida entre a Índia, Paquistão e China).   
Por conta de novas configurações geopolíticas e dos sintomas da globalização, muitas dessas sociedades estão em curso de desaparecimento. Desta forma, além do significado artístico, o acervo contribui para a preservação dessas culturas por reunir artefatos que revelam os costumes e tradições desses diferentes povos.

Local: Galeria de Arte do Sesi – Centro Cultural Fiesp - Ruth Cardoso
Endereço: Av. Paulista, 1313
Tels. (11) 3146-7405 / 7406

Visitação: 13 de março a 10 de junho de 2012
Horário: segunda-feira, das 11h às 20h; terça a sábado, das 10h às 20h; domingo, das 10h às 19h
Entrada franca. O espaço tem acessibilidade
Concepção: Thereza Collor | Curadora convidada: Ana Cristina Carvalho












 

Conservação e Restauração



A expressão "conservação de obras de arte" inclui todas as medidas tomadas e todos os estudos feitos com o propósito de reabilitar trabalhos danificados ou deteriorados e preservar ou manter trabalhos de arte nas condições apropriadas.

O termo "restauração" refere-se somente à reposição de partes que estejam faltando, imitando o original pelo uso de materiais adequados.

A competência na conservação não é uma questão de conhecimento artístico e químico, aos materiais e métodos, etc. Esse conhecimento é necessário, mas sua aplicação bem-sucedida é um resultado de perícia especializada, estudo e discernimento através da experiência. Além de dominar os aspectos estritamente técnicos da profissão, o conservador deve conhecer a natureza artística da obra com a qual está envolvido.

Talvez a consideração mais importante seja a atitude do restaurador em relação ao trabalho, as pinturas devem ser tratadas de maneira conscienciosa, com total afinco, sem influências de outras considerações.

Além de interromper a deterioração e impedir o progresso da desintegração, o propósito de uma restauração honesta deve ser o de dar uma aparência aceitalmente boa de maneira que a obra possa ser vista ou estudada como um todo, sem interferência dos defeitos.